Parte do corpo docente do Colégio Adventista de Juiz de Fora, Nirlene Faria de Souza rompeu fronteiras e inspirou uma arte que foi parar no Vaticano. A professora de música e matemática conquistou o coração dos alunos ao usar sua criatividade – e um sonho – para ensinar a eles as notas musicais em pentagrama.
A história começou quando Nirlene percebeu a dificuldade dos estudantes de música para memorizar os sinais gráficos e sonoros que representam as variações do som. Com o desafio de encontrar um método que facilitasse o ensino, a professora chegou a sonhar que sua mão era um pentagrama e cada dedo representava uma linha da pauta de notas.
No dia seguinte, levou seu sonho para a sala de aula: desenhou a mão no quadro, e o método logo fez efeito. Os aprendizes encontraram nele uma forma simples e objetiva de aprender e gravar o que é necessário nas músicas. A ideia foi, ainda, bem-sucedida a ponto de motivar uma obra de arte criada por uma aluna.
A pintura exposta no museu do Vaticano
O desenho da professora virou base para outra criação. Leila Huguenin, estudante de música, é, também, artista plástica e foi responsável por levar o método aprendido até a Europa. Lá, sua obra fez tanto sucesso que virou parte do acervo do museu do Vaticano. Assim, Leila tornou eterno o sonho de Nirlene.
A artista pinta desde os 14 anos e, há 10, expõe seus quadros no exterior. Quando viu o desenho no quadro branco, enxergou potencial. A pintura leva o nome da orientadora e foi premiada pela criatividade. A aluna conta que a ilustração, com um pedaço em branco, gerou curiosidade entre os críticos. Ela explica que essa parte significa o que ainda deve ser pintado sobre a vida da Nirlene e de tantas outras professoras que fazem história.